Coluna Ponto Crítico – Por Felipe Corona
Dias animados na Assembleia Legislativa: de amante de deputado grávida até denúncias por ex-presidente de ameaça, perseguição e vazamento de informações
Temperatura alta
Normalmente, o Poder Legislativo sempre é animado. Afinal, cada deputado quer defender o seu lado. Seja ele o que representa: poder, dinheiro, cargos e tudo isso o que traz junto – fama, atenção, sedução e luxuria. Tudo isso separado ou normalmente junto. Muitos defendem Deus, Pátria e Família, mas não resistem a uma mulher bonita que vez por outra aparece.

Temperatura alta 2
Um deputado estadual do interior se enrolou novamente e sobre o mesmo assunto/problema: amantes. No plural mesmo. E ele gosta das irmãs de igreja, especialmente da congregação que ele frequenta. Não bastava ter amante. Ele engravidou a moça. A esposa oficial descobriu e os pastores intercederam. E nisso o parlamentar teve que abrir a mão para acalmar a primeira-dama.
Temperatura alta 3
Rolou uma franquia de marca famosa para a mulher se distrair e ganhar mais uma graninha. Baixou a poeira e o tal deputado garanhão conseguiu outra amante, da igreja e tudo mais. Para evitar problemas, ele conseguiu uma vaguinha para ela na capital e estava tudo certo. Mas parece que ele e ela nunca ouviram falar em camisinha ou anticoncepcional. E o resultado? Outra gravidez.
Temperatura alta 4
Como a irmã vez por outra está no interior, logo os outros irmãos vão saber quem é a moça/nova amante do parlamentar. O problema será quando a esposa descobrir… Será que ela vai perdoar nova traição? Será qual a atitude do deputado para “amansar a muié”? Será que os pastores vão conseguir resolver novamente essa situação? Cenas dos próximos capítulos a ver… As informações são do blog ComTexto, mas sei quem é o deputado “safadinho” tá…?

Do job
Por conta disso, lembrei de um outro deputado do interior que também gosta de mulher bonita e de pular a cerca. Também é um dos que defendem “Deus, Pátria e Família”. Porém, ele gosta daquelas que fazem o serviço e ganham um extra. Como dizem hoje: “do job”. Só que no caso dele, a coisa ficou séria. A mulher tinha fotos e vídeos deles juntos…
Do job 2
Alguns boatos circularam na cidade, falaram o nome dele em várias rodas de conversa. E daí o “homi” resolveu abrir a carteira e pagar o que a tal “modelo” pediu: 50 MIL REAIS para ficar quietinha. Porém, se ela sabe que dali veio isso, ela também sabe que quando quiser pode pedir mais uns extras e ficar rica rapidinho. Até porquê, ele é bem conhecido de todos e tem poder!
Boca no trombone
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero), Marcelo Cruz (PRTB) protocolou uma denúncia formal junto ao Ministério Público do Estado relatando uma série de episódios que, segundo ele, configuram ameaça à sua integridade física, perseguição política e uso indevido da estrutura do Estado para fins não republicanos.
Boca no trombone 2
O documento foi endereçado ao Procurador-Geral do MP e classifica os fatos como “gravíssimos e alarmantes”. A denúncia detalha que, no dia 10 de junho, um delegado de Polícia Civil, identificado como Marcos Correia e atualmente lotado na Casa Civil do Governo do Estado, teria feito contato direto com uma assessora do gabinete do parlamentar.

Boca no trombone 3
A abordagem, feita por meio de uma mensagem programada para autodestruição, levantou suspeitas. Horas depois, após a assessora redirecionar o contato ao chefe de gabinete, o delegado respondeu apenas com a mensagem: “já resolvido”.
Boca no trombone 4
No dia seguinte, uma ligação anônima foi recebida no celular do chefe de gabinete, com o seguinte alerta: “Avise ao deputado Marcelo Cruz para tomar cuidado no aeroporto”. Para o parlamentar, a sequência de eventos indica uma ameaça velada e organizada, possivelmente vinculada a uma tentativa de intimidação ou retaliação institucional.
Foco
A denúncia também relata que, dias antes, o deputado teria sido procurado por outro parlamentar da Casa, Ribeiro do Sinpol, que é policial civil de carreira, informando sobre uma suposta operação judicial que estaria pronta para ser executada contra Marcelo Cruz no dia 05 de junho, mas que teria sido suspensa por razões não esclarecidas. A ação teria ligação com acusações internas de “traição institucional” entre membros da Casa Civil.
Foco 2
Em sua manifestação ao MP-RO, o deputado levanta a possibilidade de crimes como violação de sigilo funcional, ameaça, coação, abuso de autoridade e até associação criminosa entre agentes públicos com o objetivo de perseguição política. Ele afirma que a situação cria um ambiente de instabilidade institucional e alerta para o risco de “operações forjadas” com objetivos políticos.
Foco 3
Marcelo Cruz também destaca a substituição repentina do então diretor-geral da Polícia Civil, Samir Fouad Abboid — que estava há 11 anos no cargo — por Jeremias Mendes de Souza, apontado como alinhado politicamente com a Casa Civil. Para o parlamentar, a troca rápida na chefia da corporação, ocorrida em 05 de junho, reforça o clima de tensão e ingerência política sobre órgãos de segurança pública.
Foco 4
O deputado solicita ao Ministério Público que instaure sindicância para apurar o caso e requer medida cautelar de busca e apreensão do celular funcional e pessoal do delegado Marcos Correia, por considerar o aparelho peça-chave na preservação de possíveis provas. Também pede que o Tribunal de Justiça informe sobre a existência de eventuais medidas sigilosas envolvendo seu nome, para investigar se houve vazamento ilegal de informações.

Foco 5
Ao final Marcelo Cruz declara que sua iniciativa não busca obstruir investigações legítimas, mas garantir a legalidade e a normalidade democrática. Ele afirma que os episódios não podem ser tratados como casos isolados, mas como indícios de um “modus operandi institucionalmente volátil e politizado”.
Foco 6
A denúncia foi acompanhada de anexos que comprovam a atuação do delegado Marcos Correia na Casa Civil. Até o momento, não houve manifestação pública do Governo do Estado sobre os fatos relatados.
Entrevista
Marcelo Cruz (PRTB) afirmou em entrevista ao jornalista Robson Oliveira, que transformou episódios judiciais do início de seu mandato em aprendizado, reforçou procedimentos internos na Alero e projeta a disputa pela reeleição em 2026. Durante o encontro, Cruz também criticou propostas de flexibilização ambiental, defendeu maior articulação entre poderes para combater a criminalidade em Porto Velho e questionou o modelo de concessão da BR-364.
Entrevista 2
Marcelo Cruz relembra tristes episódios em sua vida, que o acabaram fortalecendo, como duas operações da Polícia Civil realizadas em sua casa em 2019. O parlamentar foi completamente absolvido pela Justiça e atribuiu o episódio à “permissão de Deus” como forma de fortalecimento pessoal. “Provei minha inocência, não tenho mais nenhum processo, graças a Deus. É constrangedor, mas o resultado é a Justiça”, declarou.

Entrevista 3
Como presidente da Casa, disse ter criado rotinas de revisão de documentos e selecionado técnicos de confiança para evitar falhas burocráticas. “Com esse aprendizado passei pela presidência em paz”, destaca.
Entrevista 4
Questionado sobre as eleições passadas e a possibilidade de concorrer à Prefeitura de Porto Velho em 2028, Marcelo Cruz é firme: “Amo minha terra, minha família é daqui então eu quero ver uma cidade melhor, Então vi os horizontes e percebi que em 2024 não era o meu momento. Eu pretendo vir a reeleição”.
Entrevista 5
Ele frisou que o momento é de “construir uma nominata sólida” para as eleições de 2026, tanto para deputado estadual quanto federal. O parlamentar destaca que o PRTB já elegeu dois vereadores, um prefeito e pretende ampliar sua bancada na Assembleia com pelo menos quatro cadeiras. Sobre sua trajetória política, fez comentários sobre o bom desempenho no interior, mesmo sendo da capital.
Outro lado
O delegado Marcos Correia, lotado na Casa Civil, registrou Boletim de Ocorrência contra o deputado Marcelo Cruz e negou todas as acusações feitas pelo parlamentar. Cruz o apontou como peça central em um suposto esquema de perseguição política, ameaça indireta e vazamento de informações sigilosas.
Outro lado 2
O delegado sustenta que o contato com a assessora do parlamentar não teve caráter irregular nem inusitado. Ele frisa que o secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende, tinha total ciência da interlocução entre ambos. Ele relata que a conheceu pessoalmente nas dependências da Casa Civil, tendo sido apresentado por um assessor técnico do governo.
Outro lado 3
Na ocasião, segundo o delegado, foi a própria funcionária pública, lotada no Gabinete de Marcelo Cruz, quem solicitou e salvou seu número de telefone, o que é confirmado, segundo ele, pelo fato de seu nome constar salvo na agenda da interlocutora como “Marcos – Delegado C”.
Outro lado 4
O delegado da Polícia Civil deixou claro que vai mover uma queixa-crime o deputado e sua assessora. Por fim, deixou claro que se coloca à disposição, incluindo, aí, seu telefone, mas sugeriu à autoridade policial competente “a apreensão dos aparelhos telefônicos” da assessora e do Chefe de Gabinete de Marcelo Cruz “para busca da verdade real”.
*Parte dos tópicos da coluna foram escritos com informações divulgadas pelo site Rondoniagora entre os dias 10 e 12 de junho, e também, pelo site Rondoniadinamica no dia 13/06.
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