Rondônia na Rota da Integração: Brasil e China selam compromisso para ferrovia interoceânica
Presidente Lula e líder chinês Xi Jinping firmam acordo para construir linha férrea de 4.500 km que atravessará Rondônia rumo ao Pacífico

Da redação TVC Amazônia*
Brasil e China oficializaram nesta semana uma cooperação estratégica para tirar do papel um ambicioso projeto ferroviário que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, conectando a América do Sul à Ásia de forma mais direta e eficiente. O entendimento foi selado durante encontro do BRICS, com o aval dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping.
A ferrovia transcontinental terá cerca de 4.500 quilômetros de extensão, passando por sete estados brasileiros, entre eles Rondônia, até alcançar a cidade portuária de Chancay, no Peru, após cruzar a Cordilheira dos Andes. O ponto de partida será Ilhéus, na Bahia, e a expectativa é que Rondônia se torne um importante elo logístico dessa nova rota comercial.
O primeiro passo técnico do projeto foi dado com a assinatura de um acordo entre a estatal brasileira Infra S.A., ligada ao Ministério dos Transportes, e o Instituto de Planejamento da empresa estatal China Railway. O objetivo é estabelecer os estudos e diretrizes para viabilizar o corredor ferroviário.
Parte da malha prevista já está em obras, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que serão incorporadas ao trajeto. No lado peruano, o plano prevê integração com rodovias e hidrovias para alcançar o Pacífico.
Com a conclusão da ferrovia, a estimativa é que o tempo de transporte de cargas entre o Brasil e os países asiáticos seja reduzido em até 12 dias. Os principais produtos transportados inicialmente devem ser soja e minério de ferro.
Rondônia se destacará como um dos grandes beneficiários do projeto, com potencial para ampliar suas exportações de soja, milho, café, carne bovina, madeira e outros produtos do agronegócio e da indústria florestal. A nova ferrovia promete impulsionar a economia local e colocar o estado em posição estratégica no comércio internacional.

*Com informações do Rondoniaovivo.