DONA DA SEDUC: Servidores denunciam perseguição da titular do setor, Ana Pacini
Segundo eles, secretária “impõe” jornada estendida e ameaça com represálias
Da redação TVC Amazônia*
Na última segunda-feira (30), uma reunião convocada pela secretária de Educação de Rondônia, Ana Pacini, provocou forte reação entre os servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Durante o encontro, a gestora anunciou uma nova norma que obriga todos os servidores comissionados e efetivos que recebem gratificações a cumprir expediente das 7h30 às 16h30, contrariando a jornada padrão no estado e nos municípios, geralmente encerrada às 14h.
A decisão gerou apreensão e desconforto dentro da secretaria. Segundo relatos de funcionários presentes na reunião, a secretária adotou um tom autoritário ao comunicar a mudança. Ela teria advertido que qualquer manifestação de descontentamento poderá resultar em alterações ainda mais severas no horário, estendendo a jornada até as 18h.
“Se continuarem dizendo que sou autoritária, posso mudar o horário”, teria afirmado Pacini, acrescentando que sua decisão conta com o aval do governador Marcos Rocha (União Brasil).
Servidores que preferiram manter o anonimato por temer retaliações descreveram o ambiente como opressor e relataram sentir-se coagidos. Um dos presentes afirmou que a secretária justificou a nova carga horária alegando excesso de processos pendentes, e ainda demonstrou desconhecimento sobre o direito de comissionados ao banco de horas.
A situação se agravou com a ameaça de exoneração para aqueles que não seguirem a nova regra. “É como se estivéssemos em uma empresa privada, sem qualquer consideração pelos nossos direitos ou pelas normas do serviço público”, desabafou um servidor.
A conduta de Ana Pacini levantou preocupações sobre práticas de assédio moral e autoritarismo na gestão da Seduc. Entre os funcionários, cresce a cobrança por uma manifestação oficial do governo que esclareça a legalidade da medida e assegure o respeito aos direitos dos trabalhadores.
Alguns servidores acreditam que o secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende, e o próprio governador Marcos Rocha possam não estar cientes do alcance da decisão adotada por Ana Pacini, o que aumenta a expectativa de uma possível intervenção.
Enquanto isso, o clima de tensão se intensifica dentro da Seduc, com os servidores à espera de providências que restabeleçam um ambiente de trabalho mais equilibrado e respeitoso.
*Com informações do Via Rondônia.