Coluna Ponto Crítico – Por Felipe Corona
Marcos Rocha é vítima da “coitadolândia” e ainda é manipulado
Governador se coloca como alvo em crise que ele mesmo criou com Sérgio Gonçalves, mas esquece que está sendo mal-aconselhado por gente com outros interesses

Nas nuvens
Enquanto o governador Marcos Rocha ganhava milhares de dólares em diárias, brincando de se esconder na então guerra (anunciada há anos) entre Israel e Irã, aqui em Rondônia as coisas pegavam fogo. E ele não dava uma palavra, só fazendo suas lives diretamente dos bunkers onde se abrigava e nada mais lhe interessava.
Nas nuvens 2
E já que está tão acostumado a viajar pelo mundo, com a desculpa de “falar bem de Rondônia”, parece que ele ainda não desceu do céu. Segue falando em teorias da conspiração para derrubar seu (des)governo, cheio de denúncias de corrupção e pelo menos SEIS OPERAÇÕES POLICIAIS. Ele mesmo já poderia ter pedido duas músicas no Fantástico.
Nas nuvens 3
Como o título diz, o chefe do Executivo estadual segue se colocando com vítima principal da “coitadolândia” que ele mesmo criou ou acha que existe de verdade. Mal ele sabe que já tem muita gente que já está pensando após a eleição do ano que vem, crendo que ele não será senador, mas que o governador será Marcos Rogério (PL).
Trairagem
Tem gente que pode amenizar dizendo que “está colocando o pé em duas canoas”, para garantir pelo menos um lado. Mas há aqueles que estão fazendo trairagem mesmo. Levando situações importantes para o lado adversário. E como eu mesmo disse semana passada: quem se beneficia com essa picuinha dele com o vice-governador são os adversários.
Live
Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais na noite da quinta-feira (10), o vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), afirmou ser vítima de uma tentativa deliberada de destruição política e pessoal. Ele negou qualquer intenção de tomar o cargo do governador Marcos Rocha (União Brasil)
Live 2
Sérgio disse ter sido surpreendido com sua exoneração da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), anunciada por meio de um canal de televisão, sem qualquer aviso prévio. Ele relatou que os ataques começaram após ele se recusar a negociar uma suposta indicação ao Tribunal de Contas de Rondônia (TCE).
Live 3
Para ele, o governador estaria sendo influenciado por conselheiros mal-intencionados, que o teriam alimentado com informações falsas. Apesar do que considera perseguições políticas, Gonçalves reforçou que segue firme com sua pré-candidatura ao Governo de Rondônia. “Não busco conflito, mas também não me escondo dele. Vou me posicionar e defender minha honra”, disse.

Live 4
O vice-governador destacou que está agindo dentro dos limites legais ao recorrer à Justiça para recuperar as atribuições do cargo, após uma emenda à Constituição aprovada pela Assembleia Legislativa permitir que o governador continue comandando o Estado remotamente por tempo indefinido — medida que ele considera inconstitucional.
Live 5
Logo no início da live, Sérgio chamou o pai, José Gonçalves, de 80 anos, para se manifestar. Ele relembrou o legado da família no setor supermercadista em Rondônia, ressaltando que mais de 2 mil pessoas já trabalharam na rede ao longo das décadas. “É justo chamarem uma família de falida após tantos anos de contribuição?”, questionou, emocionado.
Gratidão
Ele também agradeceu à equipe da Sedec, que, segundo ele, transformou a secretaria em uma das mais estruturadas do Estado, com mais de R$ 300 milhões em projetos em andamento. Gonçalves citou ainda o crescimento de 4,7% previsto para o PIB de Rondônia neste ano e os resultados do programa de crédito voltado a micro e pequenos empreendedores, que já ultrapassou R$ 230 milhões em recursos liberados.
Críticas
Apesar de reconhecer a confiança que recebeu de Marcos Rocha ao ser nomeado secretário, Gonçalves foi crítico ao atual chefe do Executivo. “O governador é um homem de fé, mas mesmo os homens de fé podem perder o rumo. Oro para que ele volte a enxergar com clareza e compreenda os verdadeiros interesses do povo”, declarou.
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Segundo o vice-governador, há uma clara movimentação para inviabilizá-lo politicamente antes de abril de 2026 — data em que ele poderia assumir o governo ou disputar a reeleição. Ele reafirmou que continuará defendendo seu nome e sua família, prometendo manter o público informado sobre os bastidores do governo.
Nossa opinião
Como já falei, é certeza de 100% que Marcos Rocha esteja sendo “emprenhado” pelo ouvido. Apesar do mesmo sobrenome, Sérgio só tem o sangue igual ao de Júnior. Eram completamente diferentes no trato e no trabalho dentro do governo. Isso já falei também na coluna passada, mas o governador insiste que ele é o inimigo, sendo que os inimigos estão bem ao lado dele.

Mente obtusa
E a cabeça dura do governador pode resultar em situações difíceis para ele e para a sua família: leia-se Luana Rocha e Sandro Rocha. Se decidir por ficar no CPA até o final do seu mandato para impedir que seu atual desafeto público assuma o controle da gestão estadual e literalmente dizime a sua base dentro do governo, Marcos Rocha acabará impedindo uma possível candidatura da sua esposa e do irmão.
Mente obtusa 2
O motivo desse impedimento é por conta da legislação eleitoral, que impede que parentes diretos de mandatários de cargos no Poder Executivo participem de uma eleição. Considerada como inelegibilidade reflexa, essa Lei está prevista na Constituição Federal (art. 14, §§ 4º, 7º e 9º), bem como na Lei Complementar n. 64/1990 e na Lei Complementar n. 135/2010.
Legislação
De acordo com as normas da inelegibilidade reflexa, caso o governador decida não passar a chave para Sérgio Gonçalves, nem sua esposa e nem o seu irmão poderão disputar o pleito, o que seria uma grande frustração ao projeto político da clã Rocha, que vem com grandes pretensões para 2026.
Foco da crise
E o responsável por essa picuinha/crise já é bem conhecido: Elias Rezende, atual secretário-chefe da Casal Civil. Rocha permitiu que o seu fiel escudeiro coordenasse uma ação para encher o governo de adversários do vice. Esse grupo trabalha dia e noite contra o fortalecimento da candidatura de Sérgio Gonçalves e, consequentemente, do próprio Marcos Rocha.

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Elias está trabalhando para Rocha mesmo? Em Rondônia, Rocha tem que seguir o exemplo de Gladson Cameli no Acre, que já declarou explicitamente que não há outro candidato à sua sucessão que não seja a sua vice-governadora, inclusive os dois andam abraçados e papo encerrado.
É o Elias
Em Rondônia, o vice já percebeu essa realidade e do boicote de um grupo dentro do governo querendo passar a perna tanto na pré-candidatura do vice. Servidores que acompanham a verdade dos bastidores afirmam que Rocha está confiante na sua candidatura ao Senado, mas tenta afastar o protagonismo de Sérgio.
Culpa do Elias?
O vice resolveu “dar a cara a tapa”. Interlocutores revelaram que Sérgio não aguenta mais tanta trairagem do alto escalão do próprio Rocha. Uma coisa é certa esse grupo político está sem rumo e sem liderança e uma das consequências disso é essa guerra interna. Uma guerra que, se continuar, no final não terá vencedores, mas apenas perdedores.

E o Elias hein?
Basta o governador dar uma volta nos corredores do antigo CPA (hoje Palácio Rio Madeira) ou pedir até para a esposa fazer isso: todos os azulejos sabem que Elias Rezende apoiou de forma “velada” Léo Moraes (enquanto o candidato do Rocha era Mariana Carvalho para a prefeitura da capital). Léo está conectado a Fernando Máximo que está ligado a Marcos Rogério! Bingo!
Quais os rumos?
Resta saber que conta maluca Rocha está fazendo para construir sua campanha a Senado, da mulher e irmão para deputado, sem o apoio de Sérgio Gonçalves. Rocha tem que sair em abril/2026 para abrir espaço para todos da família. Para que todos se deem bem, precisam deixar a vaidade de lado e unirem forças para 2026. O tempo está correndo, as alianças estão se fechando… É hora de decidir.
*Esta coluna foi escrita utilizando informações divulgadas pelos sites Rondoniagora e Rondoniaovivo no dia 10 de julho.
**Os sites que publicam esta coluna reservam o direito de manter integralmente a opinião dos seus articulistas sem intervenções. No entanto, o conteúdo apresentado por este “COLUNISTA” é de inteira responsabilidade de seu autor.