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Coluna Ponto Crítico – Por Felipe Corona

ATÉ QUE ENFIM: TCE manda governador e secretários explicarem “sigilo” das diárias

Conforme já comentado nesta coluna, Marcos Rocha já recebeu milhões de reais em ajuda de custo para viagens nacionais e internacionais; Já Luana Rocha parece que virou “comediante” nas redes sociais

Aleluia

Depois de parte da imprensa local denunciar que o governador Marcos Rocha (União Brasil) já passou mais de SEIS MESES VIAJANDO de 2024 para cá e ganhando milhões de reais em diárias, enfim o Tribunal de Contas de Rondônia (TCE) determinou, via ofício, ao governador Marcos Rocha medidas urgentes para disponibilizar no Portal de Transparência do Governo de Rondônia os valores das diárias recebidas pelo chefe do Executivo.

Aleluia 2

Os dados também devem divulgar o que vice-governador Sérgio Gonçalves e seus secretários de Estado também receberam em diárias. Atualmente, a maioria dessas informações são mantidas em sigilo, por SUPOSTA segurança do Estado e das autoridades, embora a medida do governo Marcos Rocha não passe de uma barreira para esconder os gastos milionários com diárias internacionais.

Mais turismo

Na semana passada, uma comitiva liderada por Rocha, incluindo secretários, policiais militares e servidores comissionados de várias pastas, foram para o evento “Rondônia Day Tour” em Brasília, participar de painéis de palestras no Ministério do Turismo sobre os potenciais do estado. Todos os gastos foram cravados como “grau reservado”, proibindo a população de saber os reais gastos.

Mais turismo 2

Nem mesmo as diárias do assessor de redes sociais do governador, Renan Fernandes Barreto, lotado na Governadoria, foram disponibilizadas. O mesmo aconteceu com a equipe que esteve recentemente em Israel, quando até a chefe de gabinete do governador, Rute Carvalho Silva Pedrosa, fez parte da comissão, embora não tenha papel definido na viagem.

Explicações

Segundo o TCE, Rocha tem 30 dias, a partir da notificação, para comprovar “perante a esta Corte de Contas nos autos da Prestação de Contas do exercício de 2024 (Processo n. 01486/2025), as medidas concretas e resolutivas, quanto à disponibilização no Portal de Transparência do Estado, das informações relativas às diárias concedidas ao governador, vice-governador, secretários de Estado e seus respectivos acompanhantes oficiais”.

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O detalhamento segue: “Com observância aos princípios da publicidade e da eficiência”. A determinação, inclusa no processo de votação da prestação de contas de 2023, foi assinada pelo conselheiro Omar Pires Dias, e convalidada pelos outros membros do TCE, a exceção de Jailson Viana que se declarou suspeito.

Viagens pelo mundo

A ação do Tribunal de Contas de Rondônia acontece quando o governador Marcos Rocha somou mais de 190 dias viajando pelo mundo afora, “vendendo” Rondônia, junto com alguns assessores de primeiro escalão. De feiras de pescado nos Estados Unidos a conferências climáticas no Azerbaijão (COP 29), passando por Israel (duas ou três vezes), Japão, China, Bolívia e Peru.

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O governador participou de agendas descritas como “estratégicas”, mas que na prática, não resultaram em nada concreto para o povo rondoniense. Segundo levantamento, o custo das viagens já ultrapassa a casa dos R$ 3 milhões em diárias e despesas, segundo informações do próprio governo.

Escondido

A transparência zero vem de um decreto que remete a questões de segurança, mal utilizado pelo gabinete do governador para esconder dados oficiais da opinião pública. Parte da imprensa (incluindo esta coluna) já havia divulgado o assunto, quando também veio a público a queda de braço entre o ex-chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, e o governador Marcos Rocha.

Jogo baixo

A demissão de Junior, os ataques sorrateiros do gabinete do governador a seu ex-assessor, acabou na ruptura com o vice-governador Sérgio Gonçalves, que se sentiu “traído” e “humilhado” pelo governador. Rocha e agora sua esposa, Luana Rocha, passaram a atacar em entrevistas o vice-governador, vendendo a narrativa que o traidor é o irmão de Júnior Gonçalves, e não o contrário.

Luana, a “engraçadinha”

Luana Rocha parece estar em plena metamorfose. Ou, como diria um estrategista de marketing político em dia com as tendências, tenta desesperadamente “reposicionar sua marca pessoal”. A primeira-dama de Rondônia, que também acumula a função de secretária de Assistência Social, tem se dedicado com afinco a um novo tipo de atuação pública: a da influencer improvisada.

Luana, a “engraçadinha” 2

Multiplicam-se nas redes vídeos cuidadosamente editados onde ela aparece sorridente, tropeçando de propósito, dançando de forma desconcertante ou cantando desafinada — tudo no esforço claro (e cada vez mais forçado) de parecer “gente como a gente”. Não há nada de errado em buscar aproximação com o público.

Nem tão “engraçada” assim

A questão começa quando o verniz da empatia descasca e revela uma caricatura de si mesma. Luana parece apostar no velho truque do “constrangimento redentor” — aquele momento em que o personagem se humilha publicamente para depois ressurgir como herói. Mas, no caso dela, a redenção não veio e a humilhação virou hábito.

Suposta “epifania”

Segundo a própria, a motivação por trás desse festival de cenas desconfortáveis não vem da assessoria, mas do céu: ela teria recebido uma profecia garantindo sua eleição para a Câmara Federal com mais de 100 mil votos. Um feito que exigiria não apenas fé, mas também estrutura política — algo que pode minguar junto com o fim do mandato do marido, Marcos Rocha, que também anda à procura de um destino eleitoral.

Procurando rumo

Rocha, aliás, tem demonstrado uma fé peculiar em soluções divinas e imagens edificantes. Sua mais recente visita à Terra Santa, por exemplo, parece ter mais a ver com marketing político do que com espiritualidade. Afinal, se quiser tentar o Senado sem o apoio da máquina estadual que lhe serviu tão bem até 2022, vai precisar de mais que selfies religiosas e hashtags inspiradas.

Encenação

Conforme a jornalista Ivonete Gomes (do Rondoniagora) escreveu em sua coluna, o modelo de empatia forçada adotado por Luana é conhecido nas redes como “cringe calculado”: tropeços ensaiados, vergonhas sob medida, falhas milimetricamente coreografadas para arrancar risadas cúmplices. O problema é que, para dar certo, essa encenação precisa parecer genuína. E, no caso da primeira-dama, tudo soa como peça de teatro com direção amadora.

Aprendizado meia boca

Ivonete ainda reforçou a análise: enquanto marcas como “O Boticário” conseguem transformar um exagero num comercial em um desejo sutil, Luana apenas se joga em situações embaraçosas sem qualquer narrativa ou propósito além do velho “olhem pra mim”. Não há mensagem, não há causa, não há carisma verdadeiro. Só performance vazia.

Ridicularização

O perigo dessa fórmula está na linha tênue entre o riso solidário e o riso de deboche. Quando a figura pública vira meme, não é sinal de popularidade — é sintoma de que a credibilidade foi substituída pelo entretenimento barato. E o público percebe. Pode até rir no primeiro vídeo, mas guarda na memória quem se levou a sério demais enquanto se fazia de bobo.

Do povo?

Luana tenta se apresentar como a política do povo, a mulher de fé, a revelada por Deus. Mas seu conteúdo mais parece ensaio de laboratório do que manifestação espontânea. A simpatia exagerada, os vídeos roteirizados, tudo remete a uma tentativa artificial de construir relevância. Política, afinal, exige mais do que curtidas: exige substância. E, até o momento, o que transparece na atuação de Luana Rocha é menos vocação divina e mais desespero humano.

*Esta coluna foi escrita utilizando informações divulgadas pelo Rondoniagora no dia 23 de julho e pela coluna de Ivonete Gomes (do Rondoniagora) publicada no dia 26 de julho.

**Os sites que publicam esta coluna reservam o direito de manter integralmente a opinião dos seus articulistas sem intervenções. No entanto, o conteúdo apresentado por este “COLUNISTA” é de inteira responsabilidade de seu autor.

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