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Corpo de Juliana Marins chega ao Brasil e vai passar por nova necrópsia

Vinda demorou mais de uma semana; tragédia provocou mudança na legislação que vai permitir que governo arque com custos em casos excepcionais

Da redação TVC Amazônia*

O corpo da brasileira Juliana Marins, que faleceu após cair durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, desembarcou no Brasil nesta terça-feira (1º). A repatriação ocorreu seis dias após o resgate do corpo na encosta do Monte Rinjani. A aeronave da Emirates Airlines aterrissou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h (horário local).

A Prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, arcou com os custos do traslado internacional, que somaram R$ 55 mil. Após a chegada a São Paulo, a urna funerária será levada à Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, conforme informou a Força Aérea Brasileira (FAB).

Na capital fluminense, está prevista uma nova necrópsia no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, procedimento que deve ocorrer em até seis horas após o desembarque. A solicitação partiu da família de Juliana e tem como objetivo esclarecer melhor as circunstâncias da morte.

Segundo a Defensoria Pública da União, o exame realizado em Bali na semana anterior foi inconclusivo quanto à causa e ao momento exato do falecimento. O pedido foi feito pela defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz à Justiça Federal.

Posteriormente, Juliana será sepultada em sua cidade natal, Niterói.

Impacto e mudança nas regras do governo brasileiro

A morte de Juliana também teve repercussão no cenário político brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em contato com o pai da jovem, Manoel Marins, e determinou que o Itamaraty oferecesse apoio total à família.

Como consequência, o governo revogou um decreto de 2017 que impedia a União de custear o transporte de corpos de brasileiros falecidos no exterior. Com a mudança, agora o Ministério das Relações Exteriores poderá assumir os custos em casos excepcionais, como comoção pública, ausência de seguro ou dificuldades financeiras da família.

Apesar de ainda não estar claro se a nova regra poderá beneficiar retroativamente casos anteriores, a medida é vista como um avanço significativo para futuras situações semelhantes.

Autoridades indonésias investigam caso

A Polícia Nacional da Indonésia, por meio de sua Unidade Criminal, iniciou uma investigação para apurar se houve falha ou negligência na condução da trilha. Quatro pessoas já prestaram depoimento: o responsável pela organização do passeio, o guia que acompanhava Juliana, um dos envolvidos no resgate e um agente florestal do parque onde está localizado o vulcão.

*Com informações do G1 e NSC Total.

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